Violações na nuvem estão colocando as estratégias de transformação digital em risco. De acordo com um estudo da Kaspersky Lab, isso tem custado US$ 1,14 milhão às empresas na América Latina. O crescimento dos ‘dados em movimento’ apresenta novos problemas de segurança, pois os incidentes que geram custos mais elevados estão relacionados a proteção de dados e ambientes de nuvem.
Dois em cada três dos incidentes de cibersegurança mais custosos que afetam PMEs (pequenas e médias empresas) estão relacionados à nuvem, onde falhas na infraestrutura de TI hospedada por terceiros causam prejuízos, em média, de US$ 98 mil. No caso das grandes empresas, a proteção de dados também continua sendo a maior prioridade: enquanto as violações de dados resultantes de ataques direcionados custam a elas até US$ 1,25 milhão, os incidentes que afetam a infraestrutura de TI de terceiros não ficam longe disso, causando em média prejuízos de US$ 964 milhão.
Como os resultados de violações de dados se tornaram mais caros e destrutivos durante os últimos 12 meses, as empresas se depararam com uma realidade perturbadora: para as PMEs, o custo médio de uma violação alcançou US$ 103 mil em 2018, um valor 61% maior do que em 2017 (US$ 64 mil). Para as grandes empresas, o valor foi de 97%; com o impacto financeiro médio de uma violação chegando a US $ 1,14 milhão.
Em 2018, na América Latina, as grandes corporações estão destinando até 30% de seus orçamentos de TI para a segurança online, redefinindo a função estratégica da proteção de dados corporativos.
Segundo o vice-presidente de vendas globais da Kaspersky Lab, Maxim Frolov, para dar suporte às mudanças dinâmicas nos negócios e melhorar sua eficiência, as empresas estão adotando a nuvem e a mobilidade corporativa. Além de ser um item individual nas contas de TI, a cibersegurança tornou-se também uma questão para os executivos e uma prioridade de negócios em empresas de todos os tamanhos, o que é evidenciado pelo aumento dos orçamentos corporativos de segurança de TI. “As empresas esperam um retorno de peso, pois os riscos continuam aumentando: além dos riscos normais de cibersegurança, muitas empresas precisam lidar, por exemplo, com pressões normativas cada vez mais rígidas”.